domingo, 17 de outubro de 2010

MENINA POBRE
Seu vestido de chita
De estampas alegres
No bailar da poeira...
Seu semblante bonito
Horizonte campestre
Seus pés de tamanco
Talhando a madeira...

A lida começa tão cedo
Não há noite para o dia
O dia é sempre sertão,
Terra seca sob espinhos
Dos serrados e caminhos
Onde cantam os sabiás
Pelas estradas desertas
Do seu triste coração...

Menina pobre domadora
Do seu cavalo alazão nos
Verdes campos do outono
De seus sonhos de verão
Para nunca mais acordar...
Ledos dias de primavera
A rede a rosa e a janela
Seu destino de sonhar...

Mary Lovely


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