terça-feira, 3 de maio de 2011

MÃE DE MUITOS

Mãe de muitos, mãe de poucos.
Não preciso lembrar os nomes.
O meu primeiro príncipe,
Um menino abandonado numa pediatria
Internado há oito meses, não recebia visitas...
Agarrava-se em meu jaleco
Chamando-me de “MÂE” ...
Não, não sou sua mãe
Apenas cuido de você meu pequeno príncipe.
E o menino raquítico, com osteoporose exposta,
Dizia-me: “você, você é minha MÂE”,
É você quem me dá comida e carinho...
Ah, as lágrimas banhavam minha face...
Ah, como eu queria um pequeno príncipe
Mas ainda não era a hora, esperei, esperei,
Senti dores de parto, contrações, tremores...
Eu queria mesmo ser mãe
Mãe dos simples e dos pobres
Mãe dos que nada têm e dos que tudo têm
Mãe do silêncio
Mãe dos doentes e dos sãos
Mãe de quem nada fez
Mãe que sorri
Mãe que pressente
Mãe sem ter gerado, Mãe de coração
MÂE, simplesmente Mãe...

Mary Lovely
(Maio de 2011)

MÃE DE MUITOS




Mãe de muitos, mãe de poucos.
Não preciso lembrar os nomes.
O meu primeiro príncipe,
Um menino abandonado numa pediatria
Internado há oito meses, não recebia visitas...
Agarrava-se em meu jaleco
Chamando-me de “MÂE” ...
Não, não sou sua mãe
Apenas cuido de você meu pequeno príncipe.
E o menino raquítico, com osteoporose exposta,
Dizia-me: “você, você é minha MÂE”,
É você quem me dá comida e carinho...
Ah, as lágrimas banhavam minha face...
Ah, como eu queria um pequeno príncipe
Mas ainda não era a hora, esperei, esperei,
Senti dores de parto, contrações, tremores...
Eu queria mesmo ser mãe
Mãe dos simples e dos pobres
Mãe dos que nada têm e dos que tudo têm
Mãe do silêncio
Mãe dos doentes e dos sãos
Mãe de quem nada fez
Mãe que sorri
Mãe que pressente
Mãe sem ter gerado, Mãe de coração
MÂE, simplesmente Mãe...

Mary Lovely
(Maio de 2011)